A biodiversidade representa a base da vida, sendo um recurso vital para a sociedade e as empresas. Na COP 16, realizada recentemente em Cali, Colômbia, quase 200 países se reuniram para debater metas globais de conservação até 2030, destacando a urgência de proteger a biodiversidade.
Para Beat Grüninger, sócio da Ferso, as empresas estão enfrentando pressões para demonstrar responsabilidade socioambiental, cumprir as legislações ambientais e criar novos modelos sustentáveis no desenvolvimento de negócios no Brasil e no mundo. “Estamos em uma busca de equilíbrio entre crescimento econômico e preservação da biodiversidade. Existem algumas iniciativas como o Green New Deal (Pacote Ecológico Europeu) e o Programa de Bioeconomia da Sociobiodiversidade Brasil que apostam na bioeconomia como uma solução para as crises econômica, social e ambiental do século XXI”, ressalta.
Essas iniciativas estão associadas a mais da metade dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que abrangem desde segurança alimentar até a garantia de acesso à energia e saúde. Por isso, investir em bioeconomia e estruturar modelos de desenvolvimento bioecológico para economias baseadas em biomas se mostra o caminho para mitigar a crise das mudanças climáticas e da perda da biodiversidade. Especialmente em regiões de grande biodiversidade como a Amazônia, que apresenta oportunidades para empresas inovarem, desde a utilização de recursos naturais de forma consciente até a valorização de conhecimentos tradicionais dos povos indígenas, das comunidades e agricultores familiares.