Em um cenário global de transformações, a busca por um crescimento econômico sustentável ganha destaque. Um estudo revelador da Fundação Dom Cabral, apresentado no Fórum Econômico Mundial, aponta para a necessidade de redefinir nossas noções tradicionais de Produto Interno Bruto (PIB). Essa mudança, baseada em quatro pilares – inovação, inclusão, sustentabilidade e resiliência – sugere que o caminho para o desenvolvimento vai além das métricas convencionais.
O estudo avaliou a inovação global, e a pontuação média foi de 45,2, destacando a necessidade de investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento. Suíça e Singapura lideram, investindo mais de 3% do PIB em pesquisa. No Brasil, com uma pontuação de 41,8, o desafio reside em acelerar investimentos em pesquisa e patentes.
Inclusão, com uma pontuação geral de 55,9, reflete um esforço global para promover oportunidades iguais. A Suíça se destaca (77,89) devido à participação significativa das mulheres na política. O Brasil, com uma nota de 55,3, deve concentrar esforços em distribuição de renda e acesso a serviços bancários.
A média global em resiliência foi de 52,8, evidenciando a necessidade de uma resposta coordenada em crises como a pandemia. Luxemburgo, Nova Zelândia e Finlândia lideram, destacando-se por economias ágeis e adaptáveis.
Sustentabilidade, pontuada em 46,8, revela uma implementação intermediária de práticas sustentáveis. Chade, Jordânia e Zimbábue lideram, apesar de fazerem parte do grupo de renda média baixa. O Brasil, com uma pontuação de 55, deve concentrar esforços em patentes verdes e distribuição de renda.
Brasil, considerado de renda média alta, enfrenta desafios significativos. Pontuações baixas em distribuição de renda, acesso a contas bancárias, patentes e patentes verdes destacam áreas críticas para aprimoramento. Recursos hídricos e produção agrícola são trunfos, mas investir em propriedade intelectual, inclusão financeira e educação são imperativos para o crescimento sustentável.
Este estudo, sem a rigidez de um ranking, destaca a diversidade de caminhos para o crescimento. Com mais de 80 indicadores analisados, reforça a necessidade de políticas públicas e estratégias empresariais alinhadas com os desafios atuais. Para um futuro sustentável, precisamos repensar, inovar e incluir.