O cuidado com a saúde das mulheres em todo o mundo não apenas promove bem-estar social, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico em larga escala, de acordo com um relatório recente do Fórum Econômico Mundial em colaboração com o Instituto de Saúde McKinsey.
Segundo o relatório intitulado Closing the Women’s Health Gap: A $1 Trillion Opportunity to Improve Lives and Economies, resolver questões relacionadas à saúde das mulheres pode gerar um impacto econômico positivo de até US$ 1 trilhão anualmente até 2040. Isso se traduziria em uma melhoria na qualidade de vida para cerca de 3,9 bilhões de mulheres em todo o mundo, além de estimular a economia global.
O potencial de impacto
O estudo aponta que, ao reduzir a disparidade na saúde das mulheres, é possível evitar mortes prematuras e condições de saúde, enquanto se aumenta a produtividade econômica. Com uma melhor saúde, as mulheres podem contribuir ainda mais para a força de trabalho, elevando a produtividade e impulsionando a economia global.
Lucy Pérez, sócia sênior da McKinsey e líder do Instituto de Saúde McKinsey nos EUA, destaca que a redução das disparidades na saúde das mulheres poderia evitar 24 milhões de anos de vidas perdidas e aumentar a produtividade econômica em até US$ 400 bilhões.
Desafios e oportunidades
Embora os ganhos ao longo dos anos tenham sido significativos, as mulheres ainda enfrentam desafios únicos, impactando sua capacidade produtiva e qualidade de vida. O estudo destaca que, em média, as mulheres gastam nove anos de suas vidas lidando com problemas de saúde, enfatizando a necessidade de soluções que abordem especificamente essas questões.
O relatório identifica as 10 principais condições de saúde feminina que têm o maior impacto no PIB global, incluindo síndrome pré-menstrual, transtornos depressivos, enxaqueca, entre outros.
O caminho a seguir
Para enfrentar esses desafios e aproveitar as oportunidades, o relatório destaca cinco áreas-chave de atuação:
- Investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) centrado em mulheres;
- Fortalecimento da análise de dados com recorte de gênero;
- Melhoria no acesso aos cuidados específicos para mulheres;
- Incentivo a investimentos e inovações voltados para as mulheres;
- Implementação de políticas de apoio às mulheres nos negócios.
Investimentos em saúde das mulheres
Apesar dos desafios, os investimentos em saúde das mulheres estão crescendo, especialmente com o avanço das ferramentas digitais. O estudo destaca um aumento nos investimentos em private equity e capital de risco nesse setor, à medida que as oportunidades se tornam mais evidentes e as startups lideradas por mulheres surgem.
O investimento na saúde das mulheres não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente que as organizações precisam priorizar para impulsionar o crescimento econômico global.