A falta de empatia e o preconceito ainda são os maiores obstáculos enfrentados pelas famílias neuroatípicas, revela um estudo apoiado pela Nestle e conduzido pela Play Pesquisa e Conhecimento. O estudo, que englobou cerca de 1,4 mil crianças, revela que pais de crianças com autismo, TDAH e outras condições cognitivas desejam ser acolhidos por uma sociedade empática, que valorize a inclusão e o conhecimento sobre a neurodiversidade.
A neurodiversidade, conceito introduzido por Judy Singer em 1998, destaca que ser neurodivergente não é uma doença, mas uma expressão natural da diversidade humana. Manifestações como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são consideradas variações da mente humana, trazendo habilidades únicas e valiosas ao ambiente corporativo, como foco e criatividade.
No entanto, o estigma social persiste, resultando em rótulos e estereótipos prejudiciais para as crianças atípicas. A nova lei que oficializa o uso da fita de girassóis como símbolo de identificação de deficiências ocultas é uma conquista simbólica significativa, mas a jornada pela inclusão e compreensão está apenas começando.
O estudo também ressalta a importância de capacitar funcionários em locais públicos para facilitar a inclusão e oferecer ferramentas educacionais que promovam a conscientização e o entendimento das diferenças.
No âmbito do consumo, o ambiente físico das lojas pode se tornar um desafio para essas famílias, com a poluição sonora e a organização inadequada provocando crises de ansiedade. Na alimentação, a compreensão da singularidade de cada indivíduo neurodivergente é fundamental. Medidas, como oferecer uma dieta balanceada para crianças com TDAH e apresentar informações claras nas embalagens, são maneiras de auxiliar essas famílias.
Todavia, a empatia é a chave para a verdadeira inclusão. Valorizar e compreender as diferenças em vez de julgar é o caminho para um futuro mais diverso e acolhedor para todos. Vamos juntos, com o propósito ESG em mente, trabalhar para construir uma sociedade que celebra a neurodiversidade e valoriza a contribuição única de cada indivíduo.