Descubra como as recentes normas IFRS estão revolucionando as divulgações de informações de sustentabilidade das empresas e aproximando os investidores do mercado de investimentos sustentáveis. A Fundação IFRS assumiu a responsabilidade de emitir essas normas, seguindo sua expertise em informações financeiras. Com a criação dos normativos IFRS S1 e IFRS S2 pelo Conselho de Sustentabilidade (ISSB), as empresas agora contarão com diretrizes claras para seus Relatórios de Sustentabilidade, trazendo maior transparência e confiabilidade para os investimentos sustentáveis.
O Brasil desponta como um dos principais destinos para investimentos sustentáveis, especialmente em energia renovável. Segundo um estudo recente da Agência Internacional de Energia (IEA), estima-se que os investimentos em projetos de energia renovável nos países em desenvolvimento chegarão a US$ 2,8 trilhões até 2030. Dois terços desse montante serão direcionados para a China, Índia e Brasil.
A existência de normas de divulgação de informações de sustentabilidade é fundamental para permitir que investidores internacionais comparem investimentos em diferentes países, incluindo o Brasil. Anteriormente, várias organizações emitiam normas de sustentabilidade, o que gerava falta de comparabilidade e consistência nas informações.
Com as novas normas da Fundação IFRS, espera-se uma maior consistência, comparabilidade e informações auditadas, possibilitando que investidores tomem decisões embasadas nas melhores informações de sustentabilidade disponíveis.
Com mais de 15 anos de experiência na coordenação e assessoria de empresas junto à Fundação IFRS e ao CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), posso afirmar que essas duas primeiras normas são a base para a elaboração e divulgação das informações de sustentabilidade. Elas também indicam como as futuras normas serão desenvolvidas, com a primeira norma, IFRS S1, abordando riscos e oportunidades ESG de forma geral, e a segunda, IFRS S2, focada especificamente na questão climática, que é crucial no cenário atual.
Diante disso, as empresas devem agir. É fundamental estudar as novas normas e entender seus impactos nas informações financeiras. Envolva profissionais das áreas de finanças, sustentabilidade, contabilidade, controladoria, governança, recursos humanos e outras áreas relevantes da empresa. Agora, todos os setores que precisam mensurar os riscos e oportunidades relacionados ao ESG devem se preparar.
O mundo está passando por transformações, e as novas normas trarão perspectivas globais para os investimentos sustentáveis, fortalecendo o crescimento do mercado de investimentos sustentáveis em escala mundial de maneira sólida e consistente.