Uma pesquisa recente, realizada pela Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), mostra que 71% das empresas brasileiras já adotam práticas sustentáveis. A iniciativa ouviu 687 líderes empresariais. Este avanço, liderado principalmente pelo setor industrial, representa um salto de 24 p.p. em 2024 frente a 2023, um reflexo de como a sustentabilidade está se tornando uma prioridade estratégica para as organizações.
“Os resultados mostram que integrar sustentabilidade no centro das estratégias dos negócios é urgente não apenas pela questão de responsabilidade socioambiental, mas pela oportunidade para inovar e se destacar no mercado. É necessário implementar políticas transparentes, capacitar lideranças e alinhar as estratégias com as exigências dos consumidores, investidores e reguladores”, afirma Edson Ferreira, diretor da Ferso.
De acordo com a pesquisa, os CEOs desempenham um papel essencial nesse cenário: 77% dos entrevistados apontam para a alta gestão como peça-chave na promoção das práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança), enquanto 67% acreditam que o governo é o principal responsável. O desejo de causar um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade (78%), aliado ao fortalecimento da reputação corporativa (77%), aparecem como as principais motivações para essa transformação, na opinião dos respondentes.
A pesquisa também mostra que essa jornada possui desafios, todos relacionados a gestão de indicadores e processos. Quase metade das empresas (40%) relatam dificuldades na mensuração de indicadores ESG, enquanto 32% encontram barreiras na construção de uma cultura organizacional sólida alinhada a esses valores. Ainda assim, os resultados evidenciam avanços importantes, como o aumento de 21 pontos percentuais nas iniciativas de redução de emissões de carbono. “ESG é mais uma ferramenta de gestão necessária às empresas para superarem os desafios, colocando em prática uma agenda que assegura o sucesso, a competitividade e a resiliência dos negócios a longo prazo”, finaliza Ferreira, diretor da Ferso.