O mais recente estudo da Serasa Experian traz à luz uma tendência significativa: 89% das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) estão incorporando práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) em suas operações diárias. Surpreendentemente, apenas 33,3% dessas empresas entendem totalmente o significado por trás dessa sigla vital.
Conduzida com mais de 520 MPMEs, a pesquisa, focada na classificação do Sebrae, almejava mapear o nível de maturidade dessas empresas em termos de sustentabilidade. Os resultados, no entanto, destacam uma disparidade interessante: embora a maioria reconheça a importância do ESG na competitividade (89%), uma parcela significativa admite não ter uma compreensão aprofundada desse tema crucial.
O estudo revela nuances regionais intrigantes. O Nordeste (38,8%) e o Sudeste (34,7%) lideram em compreensão dos pilares ESG. No que diz respeito ao porte, as médias empresas (56,3%) mostram-se mais conscientes do assunto. Os setores de indústria (36,2%), serviços (33,8%) e comércio (31,3%) lideram em termos de familiaridade com a sigla.
Quando se trata de investimentos, 43,8% consideram a governança como a principal área de foco. Nesse âmbito, ações para fortalecer códigos de ética, canais de denúncia e designação de responsáveis por essas denúncias estão em ascensão.
Na esfera ambiental, práticas conscientes são adotadas em energia (75,2%), água (64,2%) e redução de resíduos (71%). No entanto, apenas 41,3% medem essas ações com metas e indicadores específicos, e somente um terço das empresas (29%) relata essas iniciativas ao mercado.
Socialmente, o cenário é desafiador. Enquanto 40,9% atendem aos parâmetros das leis trabalhistas, a lacuna na diversidade é evidente: 54% veem poucas ou nenhuma iniciativa para a representatividade de grupos como pessoas pretas e LGBTQIAP+.
Cleber Genero, vice-presidente de PMEs da Serasa Experian, destaca a disposição crescente de adotar práticas ESG, notando que estas não só conferem um diferencial competitivo, mas também aceleram os negócios em um ambiente onde padrões mínimos de ESG são requisitos para parcerias.
Este estudo destaca não apenas o abraço crescente do ESG pelas PMEs, mas também a necessidade urgente de educação e conscientização mais profundas sobre os benefícios e a aplicação efetiva dessas práticas. Um chamado para a evolução sustentável e socialmente responsável nos negócios!